OBAX
(Brinque-Book,
2010)
Texto
e
ilustrações
de
André
Neves
O
livro
narra
a
história
fantástica
da
pequena
aldeã
Obax
(flor)
e
do
seu
amigo
Nafisa
(pedra
preciosa),
elefante
que
havia
se
perdido
da
manada
e
vivia
sozinho
na
savana.
Ela
adorava
contar
histórias
-
e
como
era
imaginativa!
Certa
vez,
contou
aos
amigos
que
vira cair
do céu uma
chuva
de
flores.
Todos acharam
um
despropósito da
menina
a
tal de chuva
de
flores
justo
no
deserto
onde
nem
chuva
de
água
cai...
É
que
Obax
era muito imaginativa, criava
mundos paralelos que iam além da compreensão simples do povo da
aldeia...
Onde já se viu chuva
de
flores
onde
nem água existia?
Incompreendida
e triste, saiu pelo mundo à procura da chuva de flores, acompanhada
pelo amigo elefante. Cruzaram florestas, desertos, savanas, montanhas
e vales, deram a volta ao mundo e nem sinal da tal chuva
de flores.
Será que ela existe mesmo?
Lá
pelas tantas encontram uma baobá gigante, de tronco grosso, forte e
rugoso. Diz a lenda que aquele que se recosta nesta árvore sagrada,
encontra repouso e sonha com muitas histórias, até com histórias
de chuva de flores...
Contação de história era uma função sagrada na antiguidade, quando não havia livros e a memória ancestral era transmitida assim, através da história oral, de uma geração a outra.
As ilustrações do livro são de uma beleza plástica impressionante:
Capa – o título OBAX em letras grandes, vermelhas e brilhantes, dando-nos a ilusão ótica de um alto relevo.
No meio da capa - a figura de uma pequena menina, próxima a uma pedra muito importante que esconde um segredo, só revelado aos que lerem o livro.
Os desertos e savanas são tingidos de laranja e vermelho evocando o sol e as cores prediletas dos africanos.
André
Neves
explica
que
a
história
é
um
texto
de
ficção,
ambientado
na
África,
não
é
um
reconto. Para
escrevê-lo,o
autor
fez pesquisas
sobre
os costumes, as
manifestações
artísticas,
vestimentas, as
artes
dos
grupos étnicos
espalhados pela
Nigéria, Costa
do
Marfim, Senegal, Mauritânia
e
Mali. Sua
atenção se
voltou
para
as mulheres
das
tribos, surgindo daí
a
história
de
uma
menina africana.
Um
dos
cinco
livros
brasileiros selecionados para
constar
no
catálogo
“White
Ravens” (2011)
da
biblioteca
infanto-juvenil
de Munique.
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